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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Aberração?

    Com lágrimas cortando as bochechas e o rosto machucado, olhou com descrença em direção aos seus progenitores. Não conseguia acreditar naquilo que tinha ouvido e presenciado, mas quando o pai do garoto lhe disse esbravejando: 
    _ Você não é mais o meu filho! Sai da minha casa, e esqueça que somos os teus pais, "sua aberração!"
    O garoto foi expulso de casa levando somente a própria roupa do corpo, completamente desorientando, sem rumo, sem destino... Em pensamento dizia: eles me adoravam tanto e agora me odeiam, me tratam como lixo! Será que sou mesmo uma aberração?! Sem perceber, uma gota salgada saia da sua íris. 
    E foi nesse caminho, devastado e sem rumo que o jovem encontrou um rio com águas cristalinas e alvejantes. Parou diante do rio, ficou pensando e repensando se valeria mesmo à pena lutar contra o ódio e o  desprezo das outras pessoas. Se por parte de seus pais já foi tão torturante, imagina dos outros...
    Fora com lágrimas e com esses pensamentos que impulsionaram o garoto a se jogar naquele rio, não sabia nadar, então, em frações de segundos chegaria a óbito, pensou consigo, e pôs fim a tudo.
    Como forma de se despedir de tudo e de todos deixou o seguinte bilhete: "é melhor morrer em um rio calmo e cristalino, do que por uma sociedade homofóbica."

Conto psicológico produzido pela estudante Kaylanny Stefanny Santana de Sousa / 9ºB.
    
    
    

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