Livro,  um bem para todos! 

        Os jovens brasileiros estão cada vez mais atuantes, sejam nas redes sociais, sejam em rodas de conversas, enfim, eles opinam, dizem o que pensam, participam de debates, querem um mundo melhor. Esse senso de pertencimento e de responsabilidade são frutos, em parte, da leitura que fazem da sociedade atual, com suas mazelas, dificuldades e exclusão. Por isso, quem pensa que o jovem brasileiro não lê, engana-se. Ele não só exercita a leitura de mundo, como àquela que perpassa os livros. Participa ativamente das questões sociais que envolvem o país. Reivindicam melhorias, exigem das autoridades maior transparência nas ações desenvolvidas, preocupam-se com questões ambientais. 

        Nesse sentido, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ibope e pelo Instituto Pró-Livro em maio de 2018, 67% do público leitor do Brasil compõe-se de jovens com a idade entre 18 e 24 anos, um crescimento de 14% em relação ao ano de 2014. Esses dados comprovam a participação cada vez mais ampla e atuante do jovem no cenário cultural da leitura.  

        Por outro lado, o acesso ao livro ainda é algo que precisa ser melhor democratizado, pois nem todos possuem condições financeiras para aquisição de livros. A presença de bibliotecas nas periferias, nas zonas rurais de pequenas e grandes cidades não correspondem aos anseios da população. Há ainda, muitas escolas que não possuem bibliotecas em suas dependências, dificultando a ampliação do número de leitores, assim como o incentivo à leitura. 

        Por tudo isso, o problema não é a falta de leitores, mas a falha na democratização de acesso ao livro. Medidas precisam ser tomadas no sentido de oportunizar o hábito da leitura nos mais diversos lugares do Brasil.  A construção de bibliotecas públicas não só na zona urbana, mas principalmente, na zona rural pode facilitar e fomentar o gosto pela leitura. Escolas equipadas com bibliotecas e com acesso a toda comunidade também podem contribuir para a promoção da leitura, bem como, feiras literárias que visem não só difundir a cultura, mas oportunizar a todos os cidadãos livros a preços mais acessíveis.   

Artigo de opinião produzido pela professora Carla Damaso com o objetivo de exemplificar aos estudantes como podemos construir tal gênero, levando em conta o seguinte questionamento: “o jovem brasileiro não gosta de ler?”